O que são Ações Blue Chips


Blue Chips

"Blue Chips" é um termo originalmente utilizado no pôquer, onde as "Blue Chips" são as fichas mais valiosas. No mercado financeiro, este termo é utilizado para fazer referência às ações das maiores e mais lucrativas corporações. Elas são as chamadas ações de primeira linha. A lista de empresas classificadas como "Blue Chips" não é oficial e muda constantemente.

Dicas para investir corretamente

Dicas para investir corretamente
Como enfrentar o furacão de acordo com seu perfil
Por Patrícia Teves O que fazer quando uma nuvem negra paira sobre os mercados acionários? Como agir quando a tendência de baixa parece ser inevitável? Entrar em pânico e vender toda a carteira a qualquer custo, certamente, não é a melhor opção. O ideal é que se tenha muita calma no momento para analisar os erros e acertos de seus investimentos e, principalmente, identificar em qual perfil você se encaixa. Além disso, é importante entender que as baixas fazem parte do mercado de capitais, e muitas vezes são necessárias para que, posteriormente, os lucros sejam realizados.
É possível encontrar ao menos dois tipos de perfis para quem aplica em ações: o investidor e o especulador. O primeiro pensa no longo prazo. É menos ousado e avesso a atitudes precipitadas, e procura estabelecer periodicidade nos investimentos e limites para a perda. Agindo de maneira correta, se favorece dos lucros distribuídos entre os acionistas, os chamados dividendos, além da valorização do próprio papel. Sabe que, se houver perdas, atingindo o limite preestabelecido de prejuízo, é hora de alterar a estratégia.

Já o segundo é mais arrojado. Visualiza o lucro no curto espaço de tempo e, portanto, aceita correr todo e qualquer risco. Ele é conhecido como trader ou especulador e normalmente acompanha o comportamento do mercado 24 horas por dia a fim de vender as ações na alta e comprar na baixa. É um perfil bastante interessante, mas requer experiência e atenção direta ao sobe e desce das ações. E também para o trader é necessário estabelecer parâmetros de perda.

De maneira geral, em momentos de crise, os ventos costumam soprar a favor do investidor que tem perfil mais voltado ao longo prazo, já que neste caso a Bolsa de Valores é uma ótima opção e dificilmente causará prejuízos, desde que o acionista tenha disciplina e visualize tendências de alta. Já para o especulador, as chances de se resguardar são menores, visto que está mais exposto ao risco, mas ainda assim, é possível tornar este risco menor ou, ainda, aproveitar o momento para comprar papéis mais baratos visando à próxima oportunidade de venda.

Confira se suas estratégias condizem com seu perfil
Agora que você já conhece as características relacionadas a cada perfil de investidor, e sabe qual é o seu, avalie suas estratégias e veja se de fato elas estão coerentes. Essa percepção é essencial para obter um bom desempenho na Bolsa, caso contrário, o chamado "mico financeiro" citado pela grande imprensa pode ser real. Seja você um trader ou um investidor de longo prazo, assuma sua posição e minimize os possíveis erros cometidos.

O investidor que pensa no longo prazo age de forma consciente e não escolhe papéis no escuro. Ele compromete até 20% de sua renda em ações, e não 100%, e não precisa acompanhar a cotação diária dos papéis investidos, afinal, o que importa são as tendências futuras das empresas com capital aberto. Se as perspectivas forem boas, as perdas serão passageiras e os rendimentos, certamente, garantidos. Uma estratégia importante para o investidor é manter a periodicidade nos investimentos, assim, uma compra de ações com preços melhores pode compensar possíveis quedas na carteira, e vice-versa, trata-se de encontrar o chamado “preço médio”. Procurar diversificar também é interessante pelo mesmo motivo.

De acordo com os analistas, o ideal é que o investidor aplique apenas parte de sua renda em ações, e que sejam preferencialmente de empresas com bons fundamentos. Neste caso, as corretoras exercem papel fundamental.

Elas contam com profissionais especializados para realizar tal análise e indicar papéis com fundamentos sólidos, recomendar carteiras e mostrar como anda o mercado. Escolher sem critério pode ser uma cilada para o investidor, principalmente para os mais inexperientes.

Dica 1 - Se a sua visão inicial era de longo prazo, mas, hoje, você conta com o dinheiro que aplicou na Bolsa e está preocupado com a desvalorização - resultante dos mercados em queda, preste atenção. Também fique atento se você aplicou mais do que devia em renda variável. Ou suas ações não estão condizendo com seu perfil, ou seu perfil pode ter mudado e, sem se dar conta, você adquiriu características de um trader e não está muito satisfeito com isso. A alternativa neste caso é voltar à estratégia inicial, estabelecendo um percentual máximo para a aplicação em ações, um limite para as perdas, periodicidade nos investimentos e diversificação na carteira.

Agora, se você é de fato um trader, é fundamental conhecer e utilizar as principais ferramentas disponíveis para enfrentar o furacão. O "Stop" é uma delas, e funciona da seguinte maneira: você determina um valor X como o ponto máximo de desvalorização das suas ações; chegando neste valor elas serão automaticamente vendidas, evitando perdas maiores. "Para o trader intraday, ou seja, aquele que opera dia a dia é interessante que o limite de perdas para acionar o Stop seja de 5% a 10%. Um Stop de 20% é muito alto para o trader intraday, ele nunca vai ser "stopado", pois é difícil a ação desvalorizar tudo isso no dia" diz Fausto Gouveia, analista Fundamentalista da Alpes Corretora.

Dica 2 - Se você aplica para obter rendimentos de curto prazo, mas não usa as ferramentas necessárias para se precaver, também não está agindo como deveria, e deve rever sua estratégia. Além da definição do limite de perda, também é preciso se resguardar mantendo a periodicidade nos investimentos, aplicando parte dos recursos em renda não-variável, e diversificando para minimizar os prejuízos.Uma coisa é certa. Independente do seu perfil, o certo e o errado não são tão evidentes no mercado financeiro, em especial quando falamos de um cenário de alta volatilidade. É importante ter cartas na manga e saber como e quando utilizá-las. Assim, você só aumenta as chances de se dar bem, no longo ou no curto Prazo.
Fonte: Wintrade

Saiba o que é e "Como criar um Clube de Investimento"

O que é?

Segundo definição da bovespa:

Clube de Investimento é o condomínio constituído por pessoas físicas que têm
como objetivo aplicar recursos comuns em títulos e valores mobiliários de acordo
com a legislação aplicável e com o seu Estatuto Social.

Estatuto Social
é o regulamento do Clube de Investimento, no qual são fixados os princípios e as
regras de funcionamento deste de acordo com a legislação aplicável e com o
presente Regulamento, a que todos os membros fundadores e futuros membros se
submetem .


Traduzindo em miúdos, um clube é um conjunto de pessoas (de 3 a 150) que se unem para ter uma maior expressividade ao fazer investimentos. Com a união dos recursos de vários investidores, o clube de investimento tem mais poder de negociação na bolsa.

Quotas
Os recursos entregues pelos membros ao Clube de Investimento serão representados por quotas de igual valor. Cada membro pode ter quantas quotas desejar, desde que não ultrapasse 40% das quotas totais.

Vamos exemplificar:

Montamos um clube, Joaquim, Silva e eu. Estabelecemos que o valor da quota inicial é de R$ 200,00. Joaquim adquiriu 15 quotas, Silva 20 e eu 25. ficou assim:

Joaquim: 15 quotas – R$ 3.000,00
Silva: 20 quotas – R$ 4.000,00
Eu: 25
quotas – R$ 5.000,00
Total: 60 quotas – R$ 12.000,00
No total temos 60 quotas valendo cada uma R$ 200,00. Depois de investido esse dinheiro, digamos que nosso patrimônio passou a ser de R$ 15.000,00. Agora cada membro detém o seguinte montante:

Joaquim: 15 quotas – R$ 3.750,00
Silva: 20 quotas – R$ 5.000,00
Eu: 25
quotas – R$ 6.250,00
Total: 60 quotas – R$ 15.000,00

Percebam que o clube continua com 60 quotas, mas o valor de cada uma não é mais
de R$ 200,00 e sim de R$ 250,00 que é o valor total do patrimônio do clube (R$
15.000,00) dividido pelo número de quotas (60).

Digamos agora que o
Alberto deseja entrar no clube. Para isso ele deverá aceitar o Estatuto Social e
comprar quotas no valor corrente (neste momento de R$ 250,00). Ele deseja
comprar 10 quotas totalizando R$ 2.500,00. Nosso clube ficará assim:

Joaquim: 15 quotas – R$ 3.750,00
Silva: 20 quotas – R$ 5.000,00
Eu: 25 quotas – R$ 6.250,00
Alberto:10 quotas – R$ 2.500,00
Total:
70 quotas – R$ 17.500,00
O mesmo critério é utilizado para a saída do
membro, seja ela parcial ou integral.

Decisões

As decisões são tomadas por meio de voto, tendo como peso a quantidade
de quotas que o membro tem.

Quem manda onde investir?

A gestão dos ativos do Clube é exercida de maneira diferente para cada
clube. Este é estabelecido no Estatuto Social do clube. Normalmente os membros
elegem um representante (ou conselho de representantes), e decidem isso em
conjunto (ou não) com o administrador do clube.

Administração

A administração do Clube de
Investimento será exercida pelo Administrador do Clube(normalmente a corretora),
e esta, sob a supervisão e responsabilidade de um diretor responsável indicado
pelo clube, tem as seguintes funções:

Realiza as operações de
investimentos;
Mantém a custódia dos títulos (ações/imobiliários);
Controla a posição de cada membro no clube
Elabora relatórios e envia
aos membros
Entre outras coisas
Para realizar este serviço o
administrador cobra um valor definido também no Estatuto. Este normalmente é
taxa de corretagem e taxa de custódia. Isto varia de cada corretora.

Do que é composta a carteira?

A composição da
carteira dar-se por no mínimo 51% de ações e o no máximo de 49% em renda fixa ou
no mercado imobiliário, inclusive podendo comprar cotas de fundos de
investimento destes segmentos.

Tributação

Os
Clubes são isentos da cobrança de CPMF e IOF.

Quanto a tributação de
imposto de renda (IR) temos dois casos:

Se a carteira do clube de
investimento contém mais que 67% em ações negociadas no mercado a vista a
tributação se dá em 15% retido na fonte de maneira definitiva (não há
reestituição) na data do resgate. É recolhido no 3º dia útil da semana
subseqüente.

Caso a carteira do fundo ou clube de investimento não
atingir o percentual mínimo de 67% em ações negociadas no mercado a vista
(lembrando que o mínimo é 51%), aplica-se tributação idêntica aos de renda fixa,
ou seja:

Até 180 dias, 22,5%;
De 181 a 360 dias, 20%;
De 361 a
720 dias, 17,50%;
Mais de 720 dias, 15%.

Obs.: Não há qualquer tipo
de isenção (como a isenção de tributação para operações menores que R$20.000,00
para pessoa física). Entretanto, os prejuízos havidos nos resgates poderão ser
compensados com rendimentos auferidos em resgates posteriores, no mesmo ou em
outro fundo da mesma natureza, desde que administrado pela mesma pessoa
jurídica(Corretora).

Espero ter podido esclarecer as dúvidas sobre Clube
de Investimentos. Este é um método muito bom para entrada no mercado e
aprendizado sobre investimentos

.